Zona Franca de Manaus se posiciona como protagonista da transição energética no Brasil

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A Zona Franca de Manaus (ZFM) está cada vez mais alinhada aos pilares da economia verde. Em entrevista exclusiva, o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Lúcio Flávio, destacou os esforços do Polo Industrial de Manaus (PIM) na adoção de práticas sustentáveis, na transição energética e na consolidação de um modelo de desenvolvimento compatível com a conservação da floresta amazônica.

Energia limpa ganha espaço no Polo Industrial

As empresas do PIM já estão implementando ações concretas para reduzir sua pegada de carbono. Entre elas, destacam-se a substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis como a biomassa, investimentos em eficiência energética, reuso de água e a migração gradual para o gás natural opção menos poluente. Algumas indústrias já utilizam sistemas de cogeração, reaproveitando o calor residual dos processos para gerar energia, o que representa um avanço significativo na otimização de recursos.

Obstáculos à expansão das renováveis

Apesar dos avanços, a expansão das energias renováveis no Polo ainda enfrenta desafios consideráveis. Segundo o presidente do CIEAM, os principais entraves envolvem a limitação de infraestrutura para geração e distribuição de fontes como solar e eólica, o alto custo inicial para implantação e as barreiras logísticas impostas pela geografia amazônica. “A regulação atual também precisa ser atualizada para refletir a realidade da região, permitindo maior segurança para investimentos de longo prazo”, reforça Lúcio Flávio.

Apoio para acelerar a transição energética

Para destravar esse potencial, o CIEAM defende a ampliação de linhas de crédito voltadas a projetos sustentáveis, incentivos fiscais à modernização energética e maior articulação entre setor produtivo, universidades e governo. A proposta é fomentar tecnologias adaptadas à realidade amazônica e consolidar uma política pública regional robusta.

Selo “ZFM + ESG”: um novo marco

Uma das apostas do CIEAM para valorizar as boas práticas no setor é o selo “ZFM + ESG”, que funciona como uma certificação para empresas comprometidas com metas ambientais, sociais e de governança. “Esse selo reforça a imagem positiva da Zona Franca e estimula a adoção de energia limpa, redução de resíduos e transparência nas operações”, explica. Para Lúcio Flávio, trata-se também de um diferencial competitivo importante para atrair investidores alinhados com a economia verde global.

Polo Industrial se prepara para a economia verde

A adaptação à economia de baixo carbono já é visível em diversos setores da ZFM. Indústrias eletroeletrônicas, por exemplo, estão prontas para incorporar tecnologias como painéis solares e sistemas de armazenamento de energia. Setores como o de duas rodas e o de termoplásticos também apresentam forte potencial para integrar cadeias produtivas mais sustentáveis. O CIEAM atua mapeando essas oportunidades e promovendo parcerias estratégicas que ampliem o alcance da indústria verde na Amazônia.

Uma mensagem para a COP30

Com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) marcada para acontecer em Belém, no Pará, o CIEAM pretende levar uma mensagem contundente: a ZFM é um modelo real de desenvolvimento sustentável em área sensível. “Vamos mostrar que é possível gerar empregos, reduzir emissões de carbono e fomentar a bioeconomia sem explorar a floresta de forma predatória”, afirma o presidente.

FITEA e a projeção internacional da ZFM

A Feira Internacional da Indústria e Transição Energética da Amazônia (FITEA) também foi destacada como peça-chave para fortalecer esse posicionamento. Lúcio Flávio avalia que a feira é estratégica para projetar o potencial da ZFM como polo verde. “A FITEA amplia a visibilidade da indústria regional e atrai investidores interessados em negócios sustentáveis. É uma plataforma essencial para consolidar o protagonismo da Zona Franca na transição energética do país”, conclui.

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O Evento

A FITEA reúne líderes, especialistas e empresas para explorar como a transição energética pode proteger a Amazônia, combater o aquecimento global, utilizar tecnologia e gerar negócios sustentáveis. Este é o momento de transformar desafios ambientais em soluções globais e oportunidades econômicas.

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